O número que deveria estar no seu planejamento estratégico de 2026: 315 bilhões.
Este não é o orçamento de TI de uma multinacional. Não é a capitalização de mercado de uma big tech. É o número de tentativas de ciberataques que o Brasil registrou apenas no primeiro semestre de 2025, segundo dados da Fortinet.
Para contextualizar: isso representa 1.379 ataques por minuto contra empresas, órgãos públicos e instituições brasileiras. Enquanto você lê esta linha, sua organização já foi “testada” dezenas de vezes.
Mas o dado mais preocupante não é a quantidade absoluta de ataques. É a aceleração e a concentração geográfica:
✅ Brasil concentra 84% de todos os ciberataques da América Latina
✅ Organizações brasileiras sofrem 2.831 ataques por semana em média
✅ Crescimento de 21% nos ataques globais no segundo trimestre de 2025
✅ 80% das empresas brasileiras já sofreram algum incidente de segurança nos últimos 12 meses
Se você é CISO, gerente de segurança ou CTO preparando o orçamento de 2026, este artigo traz os dados que você precisa para justificar investimentos críticos em cibersegurança – e explica por que a abordagem tradicional de “firewall + antivírus” não funciona mais.
Por que o Brasil se tornou o paraíso dos cibercriminosos
A tempestade perfeita: digitalização acelerada + defesas amadoras
Quando o Google e outras empresas de segurança investigaram por que o Brasil é alvo de tantos ataques, encontraram uma combinação fatal:
1. Transformação digital acelerada sem maturidade em segurança
Nos últimos 5 anos, empresas brasileiras digitalizaram processos críticos em velocidade recorde:
- E-commerce explodiu 400%+
- PIX processou 42 bilhões de transações em 2024
- Open Banking conectou sistemas financeiros
- Trabalho remoto expandiu superfície de ataque
Resultado? Milhares de aplicações expostas na internet, APIs sem proteção adequada, funcionários acessando sistemas corporativos de redes domésticas vulneráveis.
2. ROI atrativo para criminosos
Atacar o Brasil é lucrativo:
- Pagamentos de resgate: Empresas brasileiras pagaram em média R$ 6,75 milhões por incidente de ransomware em 2025
- Dados valiosos: CPF, cartões, dados de saúde valem caro na dark web
- Taxa de sucesso alta: Muitas empresas ainda não implementaram controles básicos de segurança
3. Baixo risco de punição
A realidade é dura: a taxa de investigação e punição de crimes cibernéticos no Brasil é inferior a 5%. Criminosos operam com quase total impunidade, especialmente quando atuam de fora do país.
4. Infraestrutura crítica exposta
Brasil possui milhões de dispositivos IoT, câmeras de segurança e sistemas industriais conectados à internet sem proteção adequada. Esses dispositivos se tornam porta de entrada para ataques maiores.
O mapa dos setores mais visados em 2025
Os números da Check Point Software revelam que nenhum setor está seguro, mas alguns são alvos preferenciais:
Ranking de ataques semanais por setor (média por organização):
1. Governo / Militar: 4.552 ataques/semana
- Motivação: espionagem, sabotagem, roubo de dados de cidadãos
- Técnicas: phishing direcionado, exploração de sistemas legados, ataques de APT (Advanced Persistent Threat)
2. Saúde: 3.978 ataques/semana
- Motivação: dados médicos valem 10x mais que dados financeiros na dark web
- Técnicas: ransomware (hospitais precisam pagar rapidamente), roubo de prontuários
3. Telecomunicações: 3.456 ataques/semana
- Motivação: acesso a infraestrutura crítica, interceptação de comunicações
- Técnicas: DDoS, comprometimento de supply chain
4. Educação / Pesquisa: 2.987 ataques/semana
- Motivação: propriedade intelectual, pesquisas valiosas, dados de estudantes
- Técnicas: credential stuffing, phishing
5. Financeiro: 2.654 ataques/semana
- Motivação: óbvia (dinheiro)
- Técnicas: BEC (Business Email Compromise), trojans bancários, engenharia social sofisticada
6. Manufatura: 2.210 ataques/semana
- Motivação: sabotagem de produção, roubo de propriedade intelectual
- Técnicas: ataques a OT (Operational Technology), ransomware industrial
O que chama atenção não é apenas o volume, mas a sofisticação crescente. Ataques que antes exigiam expertise técnica avançada agora são commoditizados através de serviços de “Ransomware-as-a-Service” (RaaS).
A evolução assustadora do ransomware: muito além da criptografia
De “pague para recuperar” para “pague ou vazamos tudo”
O ransomware evoluiu drasticamente em 2025. A estratégia tradicional era simples:
Ransomware 1.0 (2015-2022):
- Invadir a rede
- Criptografar arquivos
- Exigir resgate
- (Esperar que a vítima pague
O problema para os criminosos? Empresas melhoraram seus backups. Muitas organizações conseguiam restaurar dados sem pagar.
Ransomware 2.0 (2023-2025):
- Invadir a rede
- Exfiltrar dados sensíveis primeiro
- Criptografar arquivos
- Dupla extorsão: “Pague ou criptografamos E publicamos seus dados”
- Tripla extorsão: “Pague ou atacamos seus clientes também”
Segundo dados da Fortinet, 83% das empresas brasileiras que foram atacadas em 2024-2025 pagaram resgates – não porque perderam os dados, mas porque não podiam arriscar vazamento público.
Mais preocupante: 40% das empresas que pagaram foram atacadas novamente dentro de 12 meses. Criminosos sabem quem paga e voltam.
O uso de IA ofensiva: deepfakes e phishing automatizado
A IA não está apenas defendendo – está atacando:
Deepfakes corporativos:
Criminosos criam vídeos e áudios falsos de CEOs e CFOs pedindo transferências urgentes. Em 2025, pelo menos 3 grandes empresas brasileiras perderam R$ 15+ milhões em fraudes usando deepfakes de executivos.
Phishing gerado por IA:
LLMs criam emails de phishing personalizados, sem erros gramaticais, em português perfeito, com contexto específico da vítima. Taxa de sucesso aumentou de 3% (phishing tradicional) para 12-15% (phishing assistido por IA).
Reconhecimento automatizado:
Bots de IA escaneiam continuamente redes brasileiras procurando vulnerabilidades, testam credenciais vazadas, identificam alvos valiosos – tudo sem intervenção humana.
Por que a estratégia tradicional de segurança falhou
O mito da segurança de perímetro
A maioria das empresas brasileiras ainda opera com mentalidade de “castelo e muralha”:
❌ Perímetro forte: Firewall robusto na borda da rede
❌ Interior confiável: Uma vez dentro, acesso amplo
❌ Foco em prevenção: Tentar impedir invasões
Essa arquitetura funcionava quando:
- Funcionários trabalhavam no escritório
- Aplicações rodavam em servidores internos
- Ameaças vinham “de fora”
Em 2026, essa realidade não existe mais:
✅ Trabalho híbrido: 60%+ dos funcionários acessam sistemas de fora da rede corporativa
✅ Multi-cloud: Aplicações críticas rodam em AWS, Azure, GCP
✅ SaaS: Sistemas financeiros, CRM, ERP estão na nuvem pública
✅ Ameaças internas: 40% dos ataques envolvem credenciais legítimas roubadas
Resultado: Não existe mais “perímetro”. O castelo não tem muralhas.
A falsa sensação de segurança
Segundo pesquisas, 67% das empresas brasileiras que foram invadidas em 2025 tinham:
- ✅ Firewall de última geração
- ✅ Antivírus corporativo
- ✅ Backup regular
- ✅ Treinamento de segurança
E mesmo assim foram comprometidas. Por quê?
Porque criminosos não atacam seus controles – atacam suas pessoas, processos e credenciais.
Zero Trust: a arquitetura que o Brasil precisa adotar em 2026
O que é Zero Trust (e o que não é)
Zero Trust não é um produto que você compra. É uma arquitetura de segurança baseada em um princípio simples:
“Nunca confie, sempre verifique.”
Em vez de confiar em qualquer usuário ou dispositivo dentro da rede, Zero Trust assume que invasores já estão dentro e implementa verificação contínua de cada acesso.
Os 5 pilares do Zero Trust para empresas brasileiras
1. Identidade como perímetro
Não importa de onde o usuário acessa – importa quem ele é e se ele deve ter aquele acesso.
Implementação prática:
- MFA (Multi-Factor Authentication) obrigatório para todos os acessos
- Autenticação baseada em contexto (localização, horário, dispositivo)
- Menor privilégio: usuário só acessa o que precisa para sua função
2. Microsegmentação de rede
Em vez de uma rede corporativa “plana” onde todos acessam tudo, microsegmentação cria zonas isoladas.
Como funciona:
- Aplicações críticas ficam em segmentos separados
- Se um invasor compromete um servidor, não consegue se mover lateralmente
- Regras granulares controlam comunicação entre segmentos
Case de ROI: Segundo dados da Illumio (parceiro Kakau Tech), empresas com microsegmentação reduziram o custo médio de um breach em 45% – de US$ 4,88 milhões para US$ 2,68 milhões.
3. Dispositivos seguros
Antes de permitir acesso, verificar:
- Dispositivo está com antivírus atualizado?
- Sistema operacional tem patches de segurança?
- Não há malware ativo?
- Cumpre políticas de conformidade?
Dispositivos não-conformes são bloqueados ou recebem acesso limitado.
4. Verificação contínua
Zero Trust não confia em autenticação única. Monitora continuamente:
- Comportamento suspeito (usuário tentando acessar sistemas incomuns)
- Anomalias de horário (acesso às 3h da madrugada)
- Mudanças de localização (usuário em São Paulo há 5 min, agora em Miami)
IA de behavioral analytics detecta desvios e bloqueia automaticamente.
5. Dados protegidos
Criptografia end-to-end para dados em trânsito e em repouso. Classificação de dados por sensibilidade. DLP (Data Loss Prevention) para evitar exfiltração.
Os sinais de que sua empresa precisa mudar urgentemente
Se você responder “sim” a 3 ou mais dessas perguntas, sua postura de segurança está crítica:
- Mais de 3 dias para detectar invasões na rede
- Usuários compartilham senhas ou usam senhas fracas
- VPN é o único controle para acesso remoto
- Não há segmentação de rede (produção misturada com desenvolvimento)
- Backup operacional fica na mesma rede que produção
- Incidentes de segurança são resolvidos manualmente, sem automação
- Não há testes regulares de resposta a incidentes
- Última auditoria de segurança foi há mais de 1 ano
A pergunta que todo CISO deveria fazer ao CFO
“Se criminosos já estão dentro da nossa rede neste momento, quanto tempo levaríamos para detectar? E quanto custaria para recuperar?“
A resposta honesta para a maioria das empresas brasileiras é: 299 dias para detectar (média global segundo IBM) e R$ 6,75 milhões para recuperar (média Brasil).
Enquanto isso, empresas com arquitetura Zero Trust detectam em horas e limitam impacto a segmentos isolados.
O custo de implementar Zero Trust em 2026? R$ 500 mil a R$ 2 milhões (dependendo do porte).
O custo de não implementar? Estatisticamente, R$ 6,75 milhões quando (não “se”) você for atacado.
Diagnóstico de maturidade em cibersegurança
Avaliação Kakau Tech de postura de segurança
Desenvolvemos uma avaliação rápida de 45 minutos para CISOs e gerentes de segurança que precisam:
- ✅ Entender o nível de exposição atual da organização
- ✅ Identificar gaps críticos vs. boas práticas de Zero Trust
- ✅ Receber roadmap priorizado de implementação para 2026
- ✅ Justificar investimentos em cibersegurança com dados concretos
Ao final, você recebe:
- Relatório de maturidade em cibersegurança (0-5)
- Indicação de vulnerabilidades críticas identificadas
- Estimativa de ROI de implementação
- Plano de ação trimestral
15 minutos que podem economizar milhões em resposta a incidentes.
Fale com a gente e descubra como podemos fortalecer sua segurança:
- 📧 E-mail: [email protected]
- 🌐 Site: www.kakautech.com
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